16. Irá, e destruirá estes lavradores, e dará a outros a vinha. E, ouvindo eles isto, disseram: Não seja assim!
17. Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça da esquina.
18. Qualquer que cair sobre aquela pedra ficará em pedaços, e aquele sobre quem ela cair, será feito em pó.
19. E os principais dos sacerdotes e os escribas procuravam lançar mão dele, naquela mesma hora; mas temeram o povo, porque entenderam que contra eles dissera esta parábola.
20. E, trazendo-o debaixo de olho, mandaram espias, que se fingissem justos, para o apanharem nalguma palavra e o entregarem à jurisdição e poder do presidente.
21. E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus.
22. É-nos lícito dar o tributo a César, ou não?
23. E entendendo ele a sua astúcia, disse-lhes: Por que me tentais?
24. Mostrai-me uma moeda. De quem tem a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César.
25. Disse-lhes, então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
26. E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, maravilhados da sua resposta, calaram-se.
27. E, chegando-se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe,
28. Dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão.
29. Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher, e morreu, sem filhos;
30. E o segundo,
31. E o terceiro, também a tomaram, e igualmente os sete: todos eles morreram, e não deixaram filhos.
32. E por último, depois de todos, morreu, também, a mulher.