15. Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó.
16. Se, pois, há em ti entendimento, ouve isto; inclina os ouvidos à voz do meu discurso.
17. Porventura o que aborrecesse o direito governaria? E quererás tu condenar aquele que é justo e poderoso?
18. Ou dir-se-á a um rei: Ó Belial? Ou aos príncipes: Ó ímpios?
19. Quanto menos àquele que não faz aceção das pessoas de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque todos são obra das suas mãos.
20. Eles num momento morrem; e até à meia-noite os povos são perturbados, e passam, e os poderosos são tomados sem mão.
21. Porque os seus olhos estão sobre os caminhos de cada um, e ele vê todos os seus passos.
22. Não há trevas, nem sombra de morte, onde se escondam os que obram a iniquidade.
23. Porque não precisa considerar muito no homem para o fazer ir a juízo diante de Deus.
24. Quebranta os fortes, sem que se possa inquirir, e põe outros em seu lugar.
25. Ele conhece, pois, as suas obras; de noite os transtorna, e ficam moídos.
26. Ele bate-lhes como ímpios que são, à vista de quem os contempla;
27. Porquanto se desviaram dele, e não compreenderam nenhum dos seus caminhos,
28. Para fazer que o clamor do pobre subisse até ele, e que ouvisse o clamor dos aflitos.