6. Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor: eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
7. No momento em que falar contra uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir,
8. Se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.
9. E no momento em que falar de uma gente e de um reino, para edificar e para plantar,
10. Se ela fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria.
11. Ora, pois, fala, agora, aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Eis que estou forjando mal contra vós, e projeto um plano contra vós; convertei-vos, pois, agora, cada um do seu mau caminho, e melhorai os vossos caminhos e as vossas ações.
12. Mas eles dizem: Não há esperança, porque após as nossas imaginações andaremos: e fará cada um segundo o propósito do seu malvado coração.
13. Portanto, assim diz o Senhor: Perguntai agora entre os gentios quem ouviu tal coisa? coisa mui horrenda fez a virgem de Israel!
14. Porventura deixar-se-á a neve do Líbano por uma rocha do campo? ou deixar-se-ão as águas estranhas, frias e correntes?
15. Contudo, o meu povo se tem esquecido de mim, queimando incenso à vaidade; e fizeram-nos tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas;
16. Para fazerem da sua terra um espanto e uma irrisão perpétua; todo aquele que passar por ela se espantará e meneará a sua cabeça.
17. Com vento oriental os espalharei diante da face do inimigo: mostrar-lhes-ei as costas e não o rosto, no dia da sua perdição.
18. Então disseram: Vinde, e maquinemos projetos contra Jeremias; porquanto não perecerá a lei do sacerdote, nem o conselho do sábio, nem a palavra do profeta: vinde, e firamo-lo com a língua, e não escutemos nenhuma das suas palavras.
19. Olha para mim, Senhor, e ouve a voz dos que contendem comigo.
20. Porventura pagar-se-á mal por bem? pois cavaram uma cova para a minha alma: lembra-te de que eu compareci na tua presença, para falar por seu bem, para desviar deles a tua indignação.
21. Portanto, entrega seus filhos à fome e entrega-os ao poder da espada, e sejam suas mulheres roubadas dos filhos, e fiquem viúvas; e seus maridos sejam feridos de morte, e os seus mancebos feridos à espada, na peleja.
22. Ouça-se o clamor das suas casas, quando trouxeres esquadrões sobre eles, de repente. Porquanto cavaram uma cova para prender-me, e armaram laços aos meus pés.
23. Mas tu, ó Senhor, sabes todo o seu conselho contra mim, para matar-me; não perdoes a sua maldade, nem apagues o seu pecado de diante da tua face: mas tropecem diante de ti; trata-os assim, no tempo da tua ira.