19. E perguntaram-lhes, dizendo: É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora?
20. Seus pais responderam e disseram-lhes: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego,
21. mas como agora vê não sabemos; ou quem lhe tenha aberto os olhos não sabemos; tem idade; perguntai-lho a ele mesmo, e ele falará por si mesmo.
22. Seus pais disseram isso, porque temiam os judeus, porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
23. Por isso, é que seus pais disseram: Tem idade; perguntai-lho a ele mesmo.
24. Chamaram, pois, pela segunda vez o homem que tinha sido cego e disseram-lhe: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.
25. Respondeu ele, pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo.
26. E tornaram a dizer-lhe: Que te fez ele? Como te abriu os olhos?
27. Respondeu-lhes: Já vo-lo disse e não ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir? Quereis vós, porventura, fazer-vos também seus discípulos?
28. Então, o injuriaram e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés.
29. Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é.
30. O homem respondeu e disse-lhes: Nisto, pois, está a maravilha: que vós não saibais de onde ele é e me abrisse os olhos.
31. Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve.
32. Desde o princípio do mundo, nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença.
33. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.