Almeida Revista e Corrigida (Portugal)

Números 22:15-31 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARCPT)

15. Porém Balac prosseguiu ainda em enviar mais príncipes, e mais honrados do que aqueles,

16. Os quais vieram a Balaão, e lhe disseram: Assim diz Balac, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim,

17. Porque grandemente te honrarei, e farei tudo o que me disseres. Vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo.

18. Então Balaão respondeu, e disse aos servos de Balac: Ainda que Balac me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;

19. Agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que o Senhor me dirá mais.

20. Veio, pois, o Senhor a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser.

21. Então Balaão levantou-se pela manhã, e albardou a sua jumenta, e foi-se com os príncipes de Moab.

22. E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho, por adversário; e ele ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois dos seus moços com ele.

23. Viu, pois, a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que desviou-se a jumenta do caminho, e foi-se pelo campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho.

24. Mas o anjo do Senhor pôs-se numa vereda de vinhas, havendo uma parede desta banda e uma parede da outra.

25. Vendo, pois, a jumenta o anjo do Senhor, apertou-se contra a parede, e apertou, contra a parede, o pé de Balaão; pelo que tornou a espancá-la.

26. Então o anjo do Senhor passou mais adiante, e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar, nem para a direita nem para a esquerda.

27. E, vendo a jumenta o anjo do Senhor, deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de Balaão acendeu-se, e espancou a jumenta com o bordão.

28. Então o Senhor abriu a boca da jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes?

29. E Balaão disse à jumenta: Porque zombaste de mim: oxalá tivera eu uma espada na mão, porque agora te mataria.

30. E a jumenta disse a Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui tua até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu: Não.

31. Então o Senhor abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do Senhor, que estava no caminho, e a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se sobre a sua face.