10. E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?
11. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;
12. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles, também, padecer o Filho do homem.
13. Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.
14. E, quando chegaram à multidão, aproximou-se-lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo:
15. Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água;
16. E trouxe-o aos teus discípulos; e não puderam curá-lo.
17. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui.
18. E repreendeu Jesus o demónio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou.
19. Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo?
20. E Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca fé; porque, em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá — e há de passar; e nada vos será impossível.
21. Mas esta casta de demónios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.
22. Ora, achando-se eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens;
23. E matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. E eles se entristeceram muito.
24. E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as didracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as didracmas?
25. Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?