13. Para que agarrasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela?
14. Tudo se transforma como o barro, sob o selo, e se põe como vestidos;
15. E dos ímpios se desvia a sua luz, e o braço altivo se quebranta.
16. Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
17. Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
18. Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
19. Onde está o caminho da morada da luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar,
20. Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
21. De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e porque é grande o número dos teus dias!
22. Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva.
23. Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24. Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25. Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
26. Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há gente;
27. Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
28. A chuva, porventura, tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho?
29. De que ventre procede o gelo? E quem gera a geada do céu?
30. Como debaixo de pedra as águas se escondem; e a superfície do abismo se coalha.
31. Ou poderás tu ajuntar as delícias das sete estrelas, ou soltar os atilhos do Orion?