6. Do Senhor dos Exércitos serás visitada com trovões, e com terramotos, e grande ruído, com tufão de vento, e tempestade, e labareda de fogo consumidor.
7. E como o sonho e uma visão da noite será a multidão de todas as nações que hão de pelejar contra Ariel, como, também, todos os que pelejarem contra ela e contra os seus muros, e a puserem em aperto.
8. Será, também, como o faminto que sonha que está a comer, mas, acordando, sente a sua alma vazia; ou como o sequioso que sonha que está a beber, mas, acordando, eis que ainda desfalecido se acha, e a sua alma com sede: assim será toda a multidão das nações que pelejarem contra o monte de Sião.
9. Tardai, e maravilhai-vos, folgai, e clamai; bêbedos estão, mas não de vinho, andam titubeando, mas não de bebida forte.
10. Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, os profetas: e vendou os vossos cabeças, os videntes.
11. Pelo que, toda a visão vos é como as palavras de um livro selado, que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele dirá: Não posso, porque está selado.
12. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele dirá: Não sei ler.
13. Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;
14. Eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo; uma obra maravilhosa e um assombro, porque a sabedoria dos seus sábios perecerá, e o entendimento dos seus prudentes se esconderá.
15. Ai dos que querem esconder profundamente o seu propósito do Senhor, e fazem as suas obras às escuras, e dizem: Quem nos vê? e quem nos conhece?
16. Vós tudo perverteis! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada sabe.
17. Porventura não se converterá o Líbano, num breve momento, em campo fértil? e o campo fértil não se reputará por um bosque?
18. E, naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e de entre a escuridão e de entre as trevas as verão os olhos dos cegos.