8. E, havendo-lhes contado tudo, os enviou a Jope.
9. E, no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço, para orar, quase à hora sexta.
10. E, tendo fome, quis comer; e, enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos.
11. E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol, atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra,
12. No qual havia de todos os animais, quadrúpedes e répteis, da terra, e aves do céu.
13. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come.
14. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda.
15. E, segunda vez, lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou.
16. E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se ao céu.
17. E, estando Pedro duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis que os varões que foram enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão.
18. E, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali.
19. E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam.
20. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei.
21. E descendo Pedro para junto dos varões que lhe foram enviados por Cornélio, disse: Sou eu quem procurais; qual é a causa por que estais aqui?
22. E eles disseram: Cornélio, o centurião, varão justo e temente a Deus, e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo, que te chamasse a sua casa, e ouvisse as tuas palavras.